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Projeto Novembro Negro | Casa de Semiliberdade São Luiz

No mês de novembro, mês da Consciência Negra, a Casa de Semiliberdade São Luiz  oportunizou aos adolescentes, propostas diferenciadas para além da conscientização, abordando também a potencialidade da juventude negra, da população negra periférica e dos nossos escritores, juristas, poetas e outras personalidades negras que engrandeceram e engradecem a cultura, a música, a literatura e até mesmo a economia no Brasil.

Publicado por Larissa Ferreira em 15/12/2022 08:53

Novembro Negro – Potencialidades e ações

 

Sabe-se que a Lei n.º 10.639 de 20 de dezembro de 1996 estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, incluindo no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”. Dessa forma, em diálogo constante com a escola e com o contexto social dos jovens, foi trabalhado durante o ano, na Casa Semiliberdade São Luís, a consciência racial dos adolescentes acautelados; foi evidenciado não apenas a história e diversidade identitária do povo brasileiro, mas também temáticas sobre racismo e racismo estrutural, direitos e deveres dos povos tradicionais, entre outros assuntos similares.

No mês de novembro, mês da Consciência Negra, foram oportunizadas aos adolescentes propostas diferenciadas para além da conscientização, abordando também a potencialidade da juventude negra, da população negra periférica e dos nossos escritores, juristas, poetas e outras personalidades negras que engrandeceram e engradecem a cultura, a música, a literatura e até mesmo a economia no Brasil.

Dessa forma, durante o mês de novembro tivemos várias ações. Dentre elas, destacam-se abaixo:

Primeira semana de novembro – Contação de histórias com a escritora Vanessa Corrêa. A contação girou em torno da história de uma pré-adolescente negra, Bilô, que “revisita memórias ao lado da avó, recordando-se de momentos de afeto e aprendizado, ao lado da família e dos amigos”, resgatando a ancestralidade. Na contação, a autora adaptou a história para o contexto da semiliberdade. A experiência foi bastante elogiada pelos adolescentes: “Foi muito legal ouvir a história, ela (a contadora) é muito engraçada, quero ler o livro completo e que ela venha mais vezes na unidade”, como disse um dos acolhidos na unidade.

Ainda na primeira semana, tivemos também a customização de bolsas com temática do empoderamento juvenil negro. A oficina foi ofertada pelo colaborador Lucas Alfa junto aos socioeducadores.

Na segunda semana de novembro, as ações se efetivaram na decoração da Unidade, concomitantemente debatemos com os adolescentes sobre a beleza negra, a cultura negra brasileira e o quão influente são nas comunidades ao redor do mundo.

Na terceira semana, tivemos atividades pedagógicas direcionadas para a cultura brasileira afro, especialmente trabalhando com as “Abayomis”. Os adolescentes conheceram a história das bonecas, a romantização por detrás dessa história e um pouco sobre a artesã maranhense – Lena Martins – que as criou. Os adolescentes realizaram o trabalho artesanal confeccionando as bonecas e foi montado um painel preenchido com elas por todo o território brasileiro desenhado.

Já nas últimas semanas, evidenciamos a sensibilização racial dos jovens, focando nas personalidades importantes do Brasil e do mundo, mostrando que mais do que saber da existência do racismo, é preciso ser antirracista. Além disso, a oficineira Priscila trouxe jogos de origem africana para enfatizar junto aos jovens a consciência decolonial, ou seja, aquela que abrange outros saberes que vão além do eurocentrismo.

 

 

 

Finalizando, foi proporcionado aos jovens a oportunidade de uma ida ao Cinema, para assistir Pantera Negra: Wakanda – Filme da Marvel, em que a história se baseia em super-heróis negros, além disso acentua o continente africano avançado tecnologicamente, favorecendo aos adolescentes o desenvolvimento de outra visão sobre a potencialidade dos atores negros. Ademais, os adolescentes puderam perceber outro ambiente cultural, além do vivido pelo seu contexto.

 

Para encerramento, optamos por levar os adolescentes para algo mais dinâmico e lúdico, escolhendo assim uma atividade externa no Parque Estadual Lagoa do Nado em que ocorreu o evento de Culinária de origem africana. Coordenado pela referência artística negra e cultural de Minas Gerais, Rosália Diogo, e outros participantes, os adolescentes puderam auxiliar na cozinha e apreciar os pratos; ouviram histórias sobre a ancestralidade quilombola mineira e a população negra do Brasil. 

 

 

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